Afinal de contas, o que é ESG?
A sigla ESG, que em inglês significa Environmental, Social e Governance (Ambiental, Social e Governança), tem se popularizado no mundo corporativo e reflete uma mudança de paradigmas na condução dos negócios levando em conta os critérios ambientais e sociais e não apenas o lucro financeiro, buscando adotar uma conduta cada vez mais sustentável.
Nos últimos anos, o conceito ESG tem atraído um número maior de adeptos, principalmente, devido à crise climática, a pandemia do COVID-19 e, recentemente, com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Esses e outros acontecimentos acendem um alerta para o não cumprimento das metas estabelecidas para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU em escala mundial.
O que não é ESG?
No meio corporativo, muitas organizações tem declarado que adotam uma estratégia e práticas “ESG” por manterem programas de ação social e filantropia, ou, porque promovem ações de plantio de árvores, o que acaba por ser uma visão restrita do conceito. Em primeiro lugar, é preciso compreender que o conceito ESG vai mais além.
Como o ESG deve ser compreendido no ambiente corporativo?
O ESG tem que fazer parte da cultura organizacional, tem que estar presente no dia-a-dia dos colaboradores e tem que ser transmitido nos valores, visão e missão da organização. O conceito também deve ser abraçado pela alta liderança a fim de demonstrar que é um compromisso de todos. Isso gera engajamento.
Além disso, é necessário ter ações concretas que busquem olhar e ouvir todas as partes interessadas e a compatibilização de seus interesses com os interesses organizacionais, conhecendo os aspectos materiais que trazem risco para o negócio e como mitigá-los, olhando para os três pilares (ambiental, social e governança).
Por exemplo, uma organização é ESG quando busca contribuir com a melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e da comunidade na qual está inserida, adotando práticas de incentivo ao esporte ou de projetos que congreguem saúde e lazer e que atinjam seu público interno e externo.
Outro exemplo é quando uma organização olha para sua cadeia de fornecedores e exige que estes atendam as obrigações legais de contratação de mão-de-obra, observando as questões de direitos humanos, de não contratação de trabalho infantil ou quando exige que sejam utilizadas as melhores práticas no descarte de resíduos sólidos no meio ambiente.
Para ser ESG de verdade, a empresa precisa realizar ações que produzam impactos sociais e ambientais consistentes na comunidade na qual está inserida.
Autora:
Ana Liliam Oliveira - Consultora Insight RH em ESG
Especialista em Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa
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